Tabagismo é considerado pela OMS uma doença crônica causada pela dependência à nicotina
No Brasil, o combate às doenças relacionadas ao tabagismo implica em um gasto anual significativo, estimado em cerca de R$ 125 bilhões, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Essa cifra abarca uma variedade de despesas, tais como R$ 50,2 bilhões em custos médicos diretos, equivalendo a 7,8% do total dos gastos em saúde no país; R$ 42,4 bilhões em custos indiretos decorrentes da perda de produtividade causada por mortes prematuras e incapacidade; e R$ 32,4 bilhões em despesas com cuidados de familiares e pessoas próximas. Essas despesas estão direta e indiretamente relacionadas ao tratamento de diversas enfermidades, incluindo câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, todas associadas ao hábito de fumar.
O tabagismo é categorizado como uma doença crônica resultante da dependência da nicotina, segundo a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele se configura como a principal causa evitável de doenças graves e mortes prematuras em âmbito global. No Brasil, o tabagismo está diretamente associado a mais de 80% dos casos de câncer de pulmão. Adicionalmente, o hábito de fumar é um fator de risco para diversas outras doenças, como úlceras no aparelho digestivo, osteoporose, catarata, problemas bucais, impotência sexual em homens, infertilidade em mulheres, menopausa precoce e complicações durante a gravidez.
Além disso, os cigarros eletrônicos, conhecidos como "vapes", representam uma preocupação na área da saúde pública, atraindo principalmente jovens devido a seus sabores atraentes e preços acessíveis, apesar de serem proibidos no Brasil. A falta de regulamentação adequada e a escassez de pesquisas aprofundadas sobre esses dispositivos tornam os "vapes" potencialmente mais perigosos, já que os fabricantes podem incluir substâncias prejudiciais em sua composição.
Outro fator que contribui para o consumo de tabaco é o baixo preço dos cigarros tradicionais no Brasil, que permanece inalterado desde 2016, tornando o produto cada vez mais acessível, especialmente para as camadas mais jovens e economicamente desfavorecidas da população.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/brasil-gasta-r-125-bilhoes-por-ano-para-combater-doencas-ligadas-ao-fumo-aponta-inca/