De acordo com o estudo do banco, as marcas próprias têm o potencial de proporcionar uma margem de lucro bruto 30% maior e preços até 20% mais acessíveis em comparação com produtos de marcas tradicionais.

Um relatório do Santander Research e da Amicci destaca que as varejistas brasileiras têm uma boa oportunidade de crescimento ao investir em marcas próprias, também conhecidas como private labels. Comparando com outros países, o Brasil ainda está atrás nesse aspecto. Enquanto as marcas próprias representam apenas 3% das vendas na América Latina, na Europa e na América do Norte, esse número sobe para 30% e 17%, respectivamente.
Então, qual é o potencial das marcas próprias para as varejistas brasileiras? Segundo o estudo, as empresas podem obter uma margem de lucro até 30% superior na oferta de produtos de marca própria em comparação com os produtos convencionais. Isso ocorre devido ao maior poder de negociação com os fabricantes. Além disso, os produtos de marca própria podem ser até 20% mais baratos do que seus equivalentes, tornando-os uma opção atrativa para os consumidores em busca de economia.
No entanto, o relatório também destaca um desafio que as varejistas enfrentam. Enquanto a estratégia de marcas próprias está bem estabelecida em hipermercados e supermercados, sua expansão nos modelos de atacarejo ainda está abaixo de 1%. Isso se deve em parte ao crescimento do modelo cash & carry (atacado-varejista), que se tornou o principal formato de varejo alimentar no Brasil.
Algumas varejistas, como o Grupo Pão de Açúcar no setor alimentício e a Raia Drogasil no setor farmacêutico, já estão obtendo sucesso com marcas próprias. Para se destacar e impulsionar os resultados, investir em marcas próprias é uma oportunidade valiosa que ainda não foi totalmente explorada no mercado brasileiro.
Fonte: https://exame.com/invest/mercados/private-label-varejistas-perdem-ao-deixarem-de-investir-em-marcas-proprias-segundo-o-santander/